Por Kássia Rocha
“Será possível um homem mudar de verdade? Ou
será que o temperamento e os hábitos constituem as fronteiras imutáveis de
nossa vida?”
Livro: O Casamento (The Wedding)
Autor: Nicholas Sparks
Páginas: 224
Editora: Arqueiro
Esta história é narrada por Wilson
Lewis, um homem de 56 anos, casado com Jane, de 53 anos, no qual, possuem um
casamento de quase três décadas. Em “O Casamento” Jane é filha de Noah, um
personagem encantador, um sogro que está sempre presente, de alguma maneira, na
vida de seus filhos e genros (e que podemos encontrar a história de Noah no
livro “Diário de uma paixão” que, contava um romance pra lá de inspirador, de
Noah e Allie). E Wilson é um nato advogado, que viveu pela carreira bem
estruturada, e que começa a questionar sentimentos enterrados dentro de si e,
de sua esposa.
Quando começamos a ler “O Casamento”
nos deparamos com lemas e temas quanto à durabilidade de uma vida a dois, o
desgaste, e a personalidade enfincada de cada personagem - de uma vida inteira,
sem mudanças. Logo de início Wilson
declara-se um homem...
“Nunca
me considerei um homem sensível e, se vocês perguntassem à minha mulher, tenho
certeza de que ela iria concordar com isso. Não me emociono com filmes nem com
peças de teatro, nunca fui sonhador e, se aspiro a algum tipo de domínio pleno,
é àquele definido pelas regras do Imposto de Renda e codificado pela lei” Pg. 8.
A abordagem sobre casamento pode ser
algo maçante e, por vezes, batido (mas não nas obras deste autor, que, vou me "surpreendendo" a cada livro que leio). As pessoas sempre contestam a vida conjunta,
o amor e sua forma real, a busca por inovações diárias, ou a comodidade chega a
destruir qualquer cotidiano, a conquista necessária e fundamentalmente habitual
é questionada, nesta obra de Nicholas Sparks. O personagem narra suas reflexões
e frustrações quanto às circunstâncias emergenciais em seu casamento, busca o
crescimento e o desenvolvimento pessoal, só não sabe como fazer isso.
“É
claro que todos os casamentos passam por altos e baixos: acho que isso é uma
consequência natural para casais que decidem permanecer juntos por um bom tempo”
Pg. 9.
"(...)
Jane é o tipo de pessoa que eu sonhava ser. Enquanto eu sou sério e racional,
ela é extrovertida e amável, dona de uma empatia natural que a torna
encantadora. Minha mulher tem o riso fácil e um grande círculo de amizades."
Pg. 14.
Eles tinham três filhos; Anna, Joseph e
Leslie. Fala de suas personalidades distintas, de como os filhos são, em sua
vida e conquistas pessoais, da proximidade que possuem com a mãe Jane. Enfim,
da criação de seus filhos e das raízes familiares. É interessante como o autor constrói
esta história, quando começamos a leitura, e imaginamos um caminho já traçado logicamente, pelas expressões do personagem... mas, conforme segue esta história,
surgem surpresas agradáveis e muito bem trabalhadas - textualmente leve, e
comovente.
Ao
pensarmos, que muitos casos, atualmente, não há saída...
“Quantas pessoas têm essa
personalidade? De que alguém que amam se apaixone por ela várias vezes?” Pg. 28.
...
é aí que nos questionamos, e a resposta dependerá não somente de um, mas dos
dois!
Em certos momentos no livro, Wilson vai
narrando sua história com Jane, que, por sinal, é linda! E que engrandece a cada
momento esta temática, tornando-a criativa e emocionante! Ele fala das fases de
dificuldades e sentimentos controversos.
“Minha
mulher, ao contrário, ainda se refere àquela época como “a era do ódio”. É
claro que fala assim de brincadeira, mas duvido muito que ela queira reviver
aqueles anos, como eu também não quero” Pg. 36.
O que encanta também, que vêm recheados
de bons momentos, boas histórias e conselhos, é a relação de Wilson com seu
sogro Noah (que, inclusive, para quem leu ou ‘viu’ a história de “Diário de uma
paixão”, vai se apaixonar por essa continuidade, com Noah sempre presente nesta
história, de sua filha Jane e sem genro Wilson), no qual, são amigos para todos
os momentos, de como se entendem, e de quantas surpresas - e mistérios - vêm
por aí nesta amizade verdadeira.
“Ficamos sentados em
silêncio até que Noah fez um gesto na direção da água.
-
Sabia que os cisnes escolhem o mesmo parceiro para a vida toda? – indagou ele.
-
Pensei que fosse um mito.
-
Não, é verdade – insistiu ele. – Allie sempre dizia que essa era uma das coisas
mais românticas que ela já tinha escutado. Para ela, demonstrava que o amor é a
força mais poderosa do mundo. (...)” Pg. 52.
Esmiucei alguns detalhes desta
narrativa romântica, não pense que isso é tudo o que há lá. Muito pelo
contrário, muitas coisas acontecem, o final é primordial, pois mudará toda a
visão da história!
Fico
por aqui, super indico este livro, aos apaixonados como euzinha, o li em 2 tardinhas, e depois vocês me
contam o que acharam!
Beijos.
Caká.
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