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Réplica de Stradivarius é feita com raios X

O Stradivarius original e sua cópia. (Foto: Reprodução/ BBC)
O Stradivarius original e sua cópia.
(Foto: Reprodução/ BBC)
Para o TechTudo
Um cientista norte-americano resolveu recriar de uma forma diferente um dos instrumentos musicais mais venerados do reino musical, o violino Stradivarius. A réplica foi construída com um scanner de raio X, normalmente utilizado para detectar contusões físicas e tipos diferentes de câncer.
O aparelho utilizado para a construção foi um scanner de Tomografia Axial Computadorizada (CAT), que coletou os dados do instrumento para recriar cópias quase exatas do modelo. Tudo começou em 1988, quando o radiologista Steven Sirr, professor assistente da Universidade de Minnesota, teve a ideia de escanear o violino durante um atendimento à uma vítima de ferimento. Ele viu o violino perto do scanner e pensou: "bem que seria interessante analisar o instrumento na máquina CAT".
O scanner em raio-X revelou vários detalhes do instrumento que Steven não tinha conhecimento. Então, ele passou as imagens para John Waddle, que fabrica violinos, e, a partir daí, eles começaram a digitalizar diversos tipos de instrumentos, como guitarras, bandolins e outros tipos de violinos. E, agora, eles trabalham na reprodução do Stradivarius.
A análise em raio-X também revelou as pequenas fissuras, buracos e outros danos que os violinos antigos possuem e que ajudam a criar os sons característicos do instrumento, detalhes esses que não poderiam ser percebidos a olho nu. Para realizar a reconstrução, Steven e Waddle pegaram emprestado um Stradivarius da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. A prova que o modelo é autêntico está na presença da etiqueta original, colocada pelo seu criador, Antonio Stradivari, dentro do seu corpo.
Mais de mil imagens de tomografia computadorizada do instrumento original foram registradas e convertidas em um formato tridimensional da imagem. As imagens determinaram a densidade da madeira do violino. Sem o scanner, isso só poderia ser feito se o violino fosse desmontado. E isso jamais aconteceria por ser ele uma peça rara.
Os arquivos foram enviados para uma máquina de CNC (Controle Numérico Computadorizado), que usou os dados para esculpir o violino, utilizando vários tipos de madeira, para combinar com a madeira presente no modelo original. Depois disso, o violino foi montado e envernizado à mão. Sirr garante que as suas cópias são muito semelhantes aos modelos originais, tanto na aparência, quanto na qualidade de som. Com isso, ele espera oferecer instrumentos de qualidade para músicos iniciantes ou com poucos recursos financeiros, e com preços reduzidos.

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